quarta-feira, 5 de junho de 2013

Fósseis característicos das Eras

Antes de atribuir um fóssil a uma era é importante referir o que são, como se formam e que tipos de fósseis existem.

Fósseis são restos de seres vivos, animais ou plantas, com mais de 100 mil anos. Normalmente representam as partes rijas dos animais como os ossos, carapaças e conchas ou folhas, sementes e as partes lenhosas no caso das plantas. Por vezes nem estas partes mais resistentes são preservadas devido a processos biológicos e/ou geológicos. Estes processos tendem a desarticular e a partir os fragmentos dos seres vivos o que explica o facto de ser mais comum encontrar um esqueleto de um animal espalhado em determinada área do que encontrar o esqueleto todo junto. A maioria dos fósseis são marinhos ou plantas porque as condições de fossilização são normalmente melhores num ambiente marinho.
A probabilidade de um organismo ser fossilizado aumenta quanto mais partes rijas ele tiver, mas também pelo seu tamanho. Um organismo maior terá mais capacidade para resistir à destruição. Mesmo depois do processo de fossilização este ainda está em risco de não se preservar pois a própria rocha pode sofrer alterações e assim perder-se o fóssil. 
Tipos de fósseis:
- Subfóssil: Termo que é por vezes aplicado a restos de animais ou plantas com menos de 10 mil anos.
- Microfóssil: Normalmente inferiores a 0.5 milímetros 
- Macrofóssil: Maiores do que 1 centímetro. Este termo é aplicado a plantas e animais mais avançados tais como conchas, corais ou esqueletos de vertebrados. 
- Fósseis Incomuns: Estes são, por definição, extremamente raros. Incluem os Mamutes escavados na Sibéria e a primeira ave Archaeopteryx.
- Fósseis Vestigiais: Estes fósseis são provas das ações dos seres vivos, tais como pegadas.

Banner, Sally 2003, Guide to Fossils, Philip's

Vera Torres, Juan (1994), “Biostratigrafia”, in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia – Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 327-333 (3).

Fósseis característicos, ou também denominados por fósseis de idade, são aqueles que permitem delimitar intervalos de tempo geológico relativamente curtos e que podem ser utilizados como um critério preciso de correlação estratigráfica.
Para ser um bom fóssil característico, tem que ter as seguintes características:
-   Ser uma espécie que tenha tido uma evolução relativamente rápida e que tenha sobrevivido num curto intervalo de tempo. Portanto, a velocidade de evolução de um grupo de fósseis pode medir-se através da duração média das suas espécies, por exemplo, as espécies do taxon dos mamíferos atingem 1 Ma, os gastrópodes marinhos 10 Ma. Logo, os fósseis característicos são aqueles que têm a duração inferior à media dos seus grupos taxonómicos.
-   Ter uma distribuição geográfica ampla e se possível ao nível de toda a superfície terrestre. No entanto, isto não é possível, pois não existem espécies que se encontrem simultaneamente em fácies do meio marinho e do meio terrestre. Logo, os melhores fósseis do meio marinho são os de espécies nadadoras ou flutuadoras que vivam em águas de diferentes temperaturas. No meio continental são as espécies que podem viver em diferentes latitudes, altitudes e tipos de relevo
-   A sua presença tem de ser abundante nas rochas sedimentares. Os fósseis mais abundantes nas rochas de fácies marinhas são os microfósseis.

http://geologiaascamadas.blogspot.pt/2010/12/fosseis-caracteristicos-das-eras.html (Gonçalo Gomes, Luis C.) (Consultado em 05/06/2013)

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