A importância da Tabela Cronoestratigráfica Internacional
A Estratigrafia, do latim stratum (estrato), e do grego graphia (descrição), é a disciplina geológica que estuda e descreve os estratos das rochas sedimentares, como se formam e como ocorrem na crosta terrestre bem como a sua organização em unidades cartografáveis. A partir das propriedades destas rochas, desde as características litológicas até ao seu conteúdo fossilífero, pretende estabelecer a sua distribuição no espaço e a sua sucessão no tempo e deste modo reconstruir a história da Terra ao longo dos grandes períodos geológicos. Em suma, está na base da criação e individualização da Geologia como Ciência.
Tratando-se de um importante instrumento de trabalho, estará naturalmente em permanente evolução acompanhando o próprio conhecimento científico. A sua existência evidencia o grande manancial de conhecimento geológico acumulado e consolidado que será, por certo, um importante contributo para aumentar a interoperabilidade universal dos dados geológicos, desiderato que é hoje reclamado pelas comunidades científicas e tecnológicas de todos os continentes, quando se trata de abordar as questões relacionadas com o ordenamento do território e o planeamento do seu usufruto pelo Homem.
http://www.lneg.pt/divulgacao/noticias-institucionais/236 (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) (Consultado em 04/06/2013)
Divisões do tempo
Eonotema e Éon (Intervalo de tempo)
Divisões maiores da História da Terra, constituídas por, respectivamente, vários Eratemas e Eras. Exemplo: Fanerozoico
Eratemas e Era (Intervalo de tempo)
Categorias mais elevadas de unidades cronostratigráficas e geocronológicas, constituídas por vários Sistemas e Períodos adjacentes; correspondem a mudanças maiores no desenvolvimento da
vida na Terra. Exemplo: Cenozoico
Sistema e Período (Intervalo de tempo)
Subdivisões dos Sistemas e agrupamentos de andares. Limites coincidentes com os mais exteriores das Séries-Épocas
constituintes. Exemplo: Jurássico
Série e Época (Intervalo de tempo)
Subdivisões dos Sistemas e agrupamentos de andares. Limites coincidentes com os dos andares extremos. Exemplo: Miocénico
Andar e Idade (Intervalo de tempo)
Unidade de base da cronostratigrafia. Conjunto de estrados contendo fósseis de organismos marinhos ou terrestres que representam um intervalo de tempo à semelhança daquilo que hoje observamos à superfície da Terra. Corresponde a um estado da natureza no passado. Definidos num único corte com exposição total em continuidade. Limites dentro de sucessões de sedimentação continua, pref. marinhas, e estabelecidos em horizontes de referência (limites de biozonas) isócronos. Exemplo: Serravalliano.
Informação adquirida na aula nº 5 de Estratigrafia e Paleontologia leccionada pelo Professor Paulo Legoinha, Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa.
Os Éons existentes são o Hádico, Arcaico, Proterozoico, que formam o Pré-Câmbrico, e o Fanerozoico.
As Eras do Fanerozoico são o Paleozoico, Mesozoico e o Cenozoico.
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